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Testemunho da Irmã Inês

Monjas Concepcionistas Franciscanas

«Eu sou para o meu Amado e o meu Amado é para mim» Ct 6, 3


Profissão da Irmã Inês

Esta passagem da Sagrada Escritura marcou um dos momentos significativos do meu caminho de discernimento vocacional e chegado o dia da Profissão Religiosa de Votos Solenes, não posso deixar de partilhar que a recordei com muita gratidão, sobretudo por reconhecer que Jesus não desistiu de me chamar e conduzir pelo seu caminho de amor e de felicidade. Um caminho que é marcado pela cruz, expressão máxima do amor de Deus por nós que, como grão de trigo, morre para dar vida, a Vida Eterna.


Sou a Ir. Inês, tenho 26 anos e foi no passado dia 26 de outubro que dei este passo de me entregar toda ao Senhor por meio de um SIM definitivo, expresso de modo particular no momento da Profissão em que, nas mãos da Madre e na presença das minhas Irmãs, fiz voto a Deus de viver em obediência, sem próprio, em castidade e em clausura por toda a minha vida. A cerimónia foi presidida pelo Sr. Bispo da Diocese de Viseu, D. António Luciano, na qual também tomaram parte alguns sacerdotes, familiares e amigos da comunidade e da minha paróquia de origem. Foi um dia muito abençoado pelo Senhor, preparado pelo carinho, ternura e dedicação de cada uma das minhas Irmãs de comunidade, e também pela graça do tempo de retiro, o qual me fez reconhecer de forma mais consciente a certeza da presença de Deus ao longo de toda a minha vida, e sentir a proximidade do Seu amor paterno, redentor e esponsal.


Profissão da Irmã Inês

Sou natural de S. Pedro da Cadeira, uma paróquia de Torres Vedras, pertencente à diocese de Lisboa. Desde pequena recebi uma educação cristã, em casa e na paróquia (catequese e escuteiros), que me incutiu valores fundamentais e essenciais para o meu crescimento. No entanto, foram os anos em que estava no ensino secundário que marcaram a diferença e me foram despertando e fazendo questionar acerca do sentido da minha vida e que lugar ocupava Deus no meu coração. Por um lado, na escola, foram importantes as relações de amizade, que de forma subtil me ajudaram a reconhecer a presença de Deus no dia-a-dia e tornar mais vivo e profundo o desejo de procurar momentos de encontro pessoal com Jesus, começando a fazer sentido o silêncio, a oração; por outro lado, na paróquia, os encontros e atividades de preparação para o Crisma, fizeram suscitar em mim a pergunta: “o que é que será que Jesus quer de mim na paróquia, na Igreja?”. Neste contexto, o Tríduo Pascal desse ano foi muito significativo; marcou-me particularmente o encontro no sábado Santo, com as Irmãs de vida contemplativa da Ordem da Imaculada Conceição, no Estoril. Era uma realidade que desconhecia, mas que me surpreendeu positivamente, sobretudo pela sua alegria, o seu amor a Maria, como modelo de seguimento de Jesus Cristo e a profundidade da sua missão orante, que no ocultamento sustenta e fortalece a vida da Igreja. Apercebendo-me do impacto que esse encontro tinha provado em mim, fui mantendo um contacto mais regular com as irmãs, as quais me propuseram fazer um tempo de experiência vocacional no mosteiro, em Viseu, para melhor discernir qual a vontade de Deus. Na verdade, essa semana clarificou e confirmou a inclinação que ia crescendo em mim, de me entregar toda a Jesus. No entanto ainda tinha 17 anos e precisava de amadurecer a minha fé e fazer um discernimento mais sério da minha vocação; nesse ano, foi fundamental o acompanhamento espiritual que recebi e também a participação nas JMJ de Cracóvia, porque recebi pequenos sinais de confirmação da parte de Deus que me estimularam a assumir convictamente, diante da família e dos amigos, a decisão de entrar no mosteiro.



Desde então, cada etapa que percorri, foi-me fazendo amadurecer e comprometer cada vez mais com esta vocação que recebi como dom de Deus, de me consagrar toda a Ele pelas mãos de Maria Imaculada. Peço que Ela interceda por mim para que este SIM da Profissão Solene seja sinal de disponibilidade de coração para “me entregar como hóstia viva em corpo e alma” (R. 2) e acolher com fidelidade a vontade de Deus na minha vida, assumindo a contemplação como apostolado, para que toda a humanidade conheça e experimente a Salvação de Deus nas suas vidas.

Ir. Inês Isabel de Maria Imaculada, OIC





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